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sábado, 24 de novembro de 2007

Corpo nu na escuridão da noite

Corpo nu na escuridão indirecta
Corpo leve despido de vaidade
Impermeável
Mão lenta
Rosto entreaberto
Como se oferecesse sorrisos
Mente atenta ao destino

Corpo desfeito
Corpo em recusa
Onde nada te ofende…

Corpo que se nega
Na angústia de um pedido
Corpo que as lágrimas atravessam
Resvalando suavemente
Coincidência que as mãos segredam
Corpo cansado e transparente
Que as horas da noite em si temem
Longos espasmos de frio
Correm pelas esquinas da pele
Que os dedos sentem
Em silêncio
Numa solidão de pedra

Corpo perdido
Em amargos gestos
Que em si sepultam
Ondas de calor
Onde este corpo se lamenta

Manuela Fonseca

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